Ativistas ambientais criticam o empreendimento, afirmando que a mina causaria a contaminação de rios e da floresta.
Uma empresa do Canadá está um passo mais próxima de construir uma mina de ouro na floresta amazônica, depois de um estudo sobre como o empreendimento impactaria povos indígenas ter sido aprovado pelo Brasil. A informação é do CEO da empresa Belo Sun Mineração, em entrevista ao portal de notícias canadense CBC News.
De acordo com o portal, a Fundação Nacional do Índio (Funai) aprovou que a companhia faça consultas na região baseada nos planos de construir a mina de ouro no Pará. O CEO da Belo Sun, Peter Tagliamonte, afirma que seria o maior projeto relacionado ao ouro no Brasil.
No entanto, ativistas ambientais criticam o sinal verde dado pela Funai, afirmando que a instalação de uma mina de ouro na região causaria a contaminação da floresta com produtos tóxicos.
“Corremos o risco de contaminação do rio com metais pesados e cianeto”, disse Rosana Miranda, de São Paulo e participante do grupo de proteção ambiental Amazon Watch, citada pela CBC News. Rosana afirma que a companhia poderia estar no caminho para “ecocídio” no rio Xingu.
Pandemia adia consultas
A empresa, porém, alega que irá operar com os maiores padrões de proteção ambiental, pagar mais de 170 milhões de dólares em impostos e gerar empresas com bons salários para uma “região tradicionalmente pobre”.
“O projeto será um dirigente econômico positivo. Eu me envolvi com construção e operação de um número de minas e vi, em primeira mão, como empregos com bons salários impactam uma região”, disse Peter Tagliamonte.
O CEO afirma que o projeto está “totalmente permitido” e a companhia estaria no processo de consultar grupos indígenas da região. No entanto, Tagliamonte informou que as reuniões só serão feitas quando a situação pandêmica de Covid-19 apresentar relevante melhora no Brasil.
Com informações do portal CBC News.
