Etanol de milho pode ser alternativa para produtores de Rondônia

O Brasil é o maior produtor mundial de etanol feito a partir da cana-de-açúcar. Em 2020, o país produziu cerca de 34 bilhões de litros do combustível. Mas outra matéria-prima para a produção de combustíveis renováveis tem chamado atenção de produtores brasileiros: o milho. No ano passado, no Brasil, a extração do biocombustível através do grão teve aumento de 58%, o que impulsionou dezenas de usinas a ampliarem a fabricação do etanol de milho. Analistas projetam um crescimento anual de cerca de 25% da produção para o ciclo 2021/2022.

Rondônia é o segundo maior produtor de milho do Norte do país. Na safra de 2019/2020, o estado colheu cerca de 954 mil toneladas do grão, um crescimento de 25% em relação à 2018. Conforme a Embrapa, neste ano, existe a estimativa que a área plantada em Rondônia na primeira safra seja de 12,6 mil hectares. Um aumento de 5,9% comparado a 2020.Os dados mostram que a produção de milho é crescente no estado e abre oportunidade para investimentos no mercado de biocombustíveis brasileiro e mundial.

Atualmente Rondônia possui somente uma usina para a produção do etanol de milho que tem capacidade de processar, por dia, 750 toneladas do grão, gerando cerca de 315 mil litros do biocombustível. Outros estados como Goiás e Mato Grosso têm, em média, cerca de 4 usinas para a produção do etanol de milho.

Busca por energias renováveis

A preocupação mundial com o desenvolvimento sustentável para combater o aquecimento global, é o principal fator na busca de biocombustíveis feitos através de biomassas renováveis como a cana, o milho e a soja. O combustível derivado dessas biomassas, por enquanto, é a alternativa mais sustentável para substituir combustíveis fósseis derivados do petróleo e também o gás natural, que emitem muito mais poluentes que os biocombustíveis.

Para combater a emissão de poluentes, o etanol é usado como mistura na gasolina. No Brasil, é permitido misturar de 25 a 27% do biocombustível na gasolina. Já nos Estados Unidos esse volume é de 10%. Na China e na Índia, a projeção para os próximos anos é que os países adotem o volume de 10%, como os Estados Unidos.

Agência Rondônia