Sexta-feira, 29 de março de 2024
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Pesquisa aponta risco alto de covid-19 prolongada em crianças

Os cientistas entrevistaram os pais de mais de 500 crianças internadas em um hospital de Moscou, entre abril e agosto do ano passado, e retomaram o contato de sete a nove meses depois da alta hospitalar

Paloma Oliveto

Cientistas observaram fadiga crônica em meninos e meninas cinco meses após a alta – (crédito: Daniel Mihailescu/AFP – 18/7/20)
Um estudo divulgado na plataforma de pré-publicação científica MedRiv com 518 crianças indica que aquelas infectadas pelo Sars-CoV2 que precisam ser internadas correm risco de desenvolver fadiga crônica e outros sintomas de covid prolongada. A pesquisa, realizada em Moscou, com a participação de cientistas de outros países, se baseia em dados do Escritório de Estatísticas Nacionais da Rússia e acompanhou os pacientes meses depois de receberem alta.

Os pesquisadores entrevistaram os pais de mais de 500 crianças internadas em um hospital de Moscou, entre abril e agosto do ano passado, e retomaram o contato de sete a nove meses depois da alta hospitalar. Eles descobriram que 24% dos pacientes recuperados tinham sintomas contínuos mais de cinco meses depois de voltar para casa. Os principais foram fadiga (10%), distúrbios do sono (7%) e problemas sensoriais (6%). De acordo com o trabalho, as crianças mais velhas, aparentemente, estão em risco maior do que as mais novas. Além disso, aquelas com histórico de alergias parecem mais propensas à covid prolongada.

Em entrevista ao The Guardian, o inglês Daniel Munblit, especialista em pediatria e alergia da Universidade Sechenov, em Moscou, disse que, embora as descobertas sejam preliminares, os médicos devem considerar seriamente a perspectiva de covid prolongada em crianças. “Isso mostra que há um problema. A fadiga é o problema mais comum. Não falamos de fadiga por um ou dois dias, estamos falando de fadiga bastante persistente, e a causa disso precisa ser determinada.”

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De acordo com o estudo, 16% das crianças apresentaram fadiga logo após a alta hospitalar, número que caiu para 12% em poucos meses. Mas, a partir de então, diminuiu muito mais lentamente, com 11% dos pacientes ainda com o sintoma sete meses depois. Mais de 8% perderam o olfato ao sair do hospital e, embora isso também tenha melhorado com o tempo, quase 6% ainda relataram problemas sete meses depois.

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