Sexta-feira, 29 de março de 2024
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Portadores de HIV devem reforçar atenção contra a Tuberculose; risco de contágio é maior, alerta Agevisa

 

Pessoas que vivem com HIV têm mais chances de contrair Tuberculose, porque o HIV é um vírus que ataca o sistema imunológico, responsável pelas defesas do corpo

O Governo do Estado de Rondônia, por meio da Agência de Vigilância em Saúde (Agevisa) tem buscado, da melhor forma possível, primar pela saúde de toda a população. Além das ações de enfrentamento à Covid-19, outras linhas de frente também estão sendo reforçadas. A exemplo da campanha nacional “Dezembro Vermelho”, dando ênfase à prevenção e combate à Aids e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Outra grande preocupação é com o registro de pessoas portadoras de HIV acometidas pela Tuberculose, doença infectocontagiosa que afeta os pulmões e outros órgãos.

A Agevisa faz o alerta: a tuberculose tem cura, quando feito o tratamento adequado. Mas, é preciso também entender qual a relação entre HIV e Tuberculose: Pessoas que vivem com HIV têm mais chances de contrair Tuberculose, porque o HIV é um vírus que ataca o sistema imunológico, responsável pelas defesas do corpo. E, com esse sistema debilitado, as chances de contrair infecções como a Tuberculose aumentam significativamente. É necessário saber: a Tuberculose é a principal causa de óbito por doença infecciosa em pessoas que vivem com HIV.

É importante não confundir o que são, cada uma. O HIV é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), o que significa que é transmitida principalmente através do contato sexual. A infecção, quando não diagnosticada e tratada, leva à Aids, que é o último estágio da infecção pelo HIV e também o mais grave. Embora o HIV não tenha cura, tem tratamento. Hoje uma pessoa que vive com HIV pode ter qualidade de vida, desde que siga o tratamento adequado. Já a Tuberculose é uma infecção que afeta principalmente os pulmões, além de outros órgãos. A doença é causada por uma bactéria. Portanto, o HIV e Tuberculose são infecções diferentes.

A maior preocupação é detectar usuários para estarem inseridos no serviço de saúde pública e começar o tratamento

De acordo com a coordenadora Estadual da Tuberculose, Nilda Barros, o tratamento da Tuberculose é feito pelo Serviço Único de Saúde (SUS), gratuitamente.  Ela conta ainda que há um protocolo de atendimento específico feito pelo Ministério da Saúde e que o Serviço de Atendimento Especializado (SAE) do Estado, está implementando nos municípios. Apesar de todo o serviço já estar disponibilizado na Atenção Básica de Saúde, ainda há muita negligência por parte das pessoas acometidas pela doença. Para se ter uma ideia, só em 2019 foram identificados mais de 700 casos de Tuberculose notificados (caso confirmados), destes, 10% é tuberculose e HIV (morbidade).

A coordenadora lamenta o descaso com a doença. “As pessoas não dão importância ao tratamento. E quando se trata de pessoas positivadas aí é que o caso acontece. Estamos chamando atenção da população para a conscientização. É importante ressaltar que na média dos últimos três anos 30% das pessoas, entre os pacientes soro positivo, que iniciaram o tratamento dessa co-infecção, não tem concluído o tratamento. Isso é preocupante”, alerta Nilda Barros.

Qualquer pessoa está sujeita a se contaminar pela doença. Por isso é preciso que haja a quebra de pré-conceitos e a conscientização da importância de seguir o tratamento completo, que dura no mínimo seis meses. Muitos acabam interrompendo o tratamento por conta de alguma melhora clínica evidenciada, ou até mesmo por fazer uso de drogas, do álcool, entre outros vícios. O melhor mesmo é não banalizar a doença e buscar o tratamento adequado.

A coordenadora Estadual da Aids, na Agevisa, Gilmarina Araújo explica que os pacientes são rastreados, através da elaboração de exames, para evitar números de óbitos por esse agravo. “A nossa maior preocupação é detectar esses usuários para estarem inseridos no serviço de Saúde Pública, para que possa começar o tratamento, para que não tenha uma piora em relação ao quadro de saúde”, observou Gilmarina.

Além dos serviços disponibilizados, a Agevisa, em parceria com as equipes multidisciplinares de outros municípios, também realiza os trabalhos de resgate do paciente, em caso de interrupções no tratamento. O propósito é resguardar e acolher da melhor forma possível o paciente para dar continuidade ao tratamento.

Por isso, a Agevisa faz a recomendação para pessoas que vivem com HIV, a fim de não serem acometidas por outras doenças, como a Tuberculose: é importante que as pessoas continuem com o tratamento direito com os anti-retrovirais, fazendo uso das medicações, não faltando às consultas, para contribuir ainda mais com a melhora na saúde. Quanto à saúde da população sexualmente ativa, é importante que procure uma Unidade Básica de Saúde e faça os testes rápidos. Pois, detectando precocemente, o paciente consegue ser inserido dentro do serviço e não ter complicação por esses agravos.

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