Cacoal - RO. O economista americano Paul Krugman criticou as tarifas de 50% impostas por Donald Trump sobre exportações brasileiras. Em texto publicado na noite desta quarta (9) e intitulado "'Programa de Proteção a Ditadores de Trump', vencedor do Nobel de Economia classifica a ação do presidente republicano como "maligna e megalomaníaca'".
"Por que digo que é megalomaníaco? O Brasil tem mais de 200 milhões de habitantes. Veja para onde vão suas exportações: as exportações para os EUA representam menos de 2% do PIB brasileiro. Trump realmente imagina que pode usar tarifas para intimidar uma nação enorme — que nem sequer depende muito do mercado americano — a abandonar a democracia?"
No texto, Krugman também defende que a ação seria "motivo suficiente" para o impeachment de Trump. "Estamos vendo mais um passo terrível na espiral de decadência do nosso país."
O economista afirma, ainda, que o presidente dos Estados Unidos usa o tarifaço no Brasil para "fins políticos".
"Repare que Trump mal finge ter uma justificativa econômica para essa ação." Tudo isso tem a ver com punir o Brasil por colocar Jair Bolsonaro em julgamento", diz. "Não seria a primeira vez que os Estados Unidos usam a política tarifária para fins políticos".
"Agora, Trump está tentando usar tarifas para ajudar outro aspirante a ditador", diz.
Nesta quarta (9), Trump enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para notificar a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. No documento, ao justificar a elevação da tarifa sobre o Brasil, Trump citou Jair Bolsonaro e disse ser "uma vergonha internacional" o julgamento do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em resposta, o presidente Lula afirmou que o Brasil não aceitará ser tutelado por ninguém e que a elevação unilateral de tarifas sobre exportações brasileiras anunciada por Donald Trump será respondida com base na Lei da Reciprocidade Econômica.A nova taxa deve entrar em vigor em 1º de agosto. No documento que usou para anunciar a medida, o republicano afirmou, sem provas, que a decisão de aumentar a taxa foi tomada "em parte devido aos ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos".
Apesar da alegação de Trump, o relacionamento comercial do Brasil com os Estados Unidos é marcado por predominância da economia norte-americana, segundo números da série histórica do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A compilação de dados, que tem início em 1997, mostra um saldo superavitário (mais exportações do que importações) de US$ 48,21 bilhões em favor dos EUA. Foram considerados 28 anos de comércio exterior.
"Por que digo que é megalomaníaco? O Brasil tem mais de 200 milhões de habitantes. Veja para onde vão suas exportações: as exportações para os EUA representam menos de 2% do PIB brasileiro. Trump realmente imagina que pode usar tarifas para intimidar uma nação enorme — que nem sequer depende muito do mercado americano — a abandonar a democracia?"
No texto, Krugman também defende que a ação seria "motivo suficiente" para o impeachment de Trump. "Estamos vendo mais um passo terrível na espiral de decadência do nosso país."
O economista afirma, ainda, que o presidente dos Estados Unidos usa o tarifaço no Brasil para "fins políticos".
"Repare que Trump mal finge ter uma justificativa econômica para essa ação." Tudo isso tem a ver com punir o Brasil por colocar Jair Bolsonaro em julgamento", diz. "Não seria a primeira vez que os Estados Unidos usam a política tarifária para fins políticos".
"Agora, Trump está tentando usar tarifas para ajudar outro aspirante a ditador", diz.
Nesta quarta (9), Trump enviou uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para notificar a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. No documento, ao justificar a elevação da tarifa sobre o Brasil, Trump citou Jair Bolsonaro e disse ser "uma vergonha internacional" o julgamento do ex-presidente no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em resposta, o presidente Lula afirmou que o Brasil não aceitará ser tutelado por ninguém e que a elevação unilateral de tarifas sobre exportações brasileiras anunciada por Donald Trump será respondida com base na Lei da Reciprocidade Econômica.A nova taxa deve entrar em vigor em 1º de agosto. No documento que usou para anunciar a medida, o republicano afirmou, sem provas, que a decisão de aumentar a taxa foi tomada "em parte devido aos ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e à violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos".
Apesar da alegação de Trump, o relacionamento comercial do Brasil com os Estados Unidos é marcado por predominância da economia norte-americana, segundo números da série histórica do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). A compilação de dados, que tem início em 1997, mostra um saldo superavitário (mais exportações do que importações) de US$ 48,21 bilhões em favor dos EUA. Foram considerados 28 anos de comércio exterior.