
Cacoal RO – O historiador e apresentador Eduardo Bueno, conhecido por suas posições políticas contundentes e pelo estilo irreverente, tornou-se o centro de uma tempestade internacional após comemorar publicamente a morte do comentarista político americano de direita, Charlie Kirk. As consequências de suas declarações, consideradas por muitos como de "militância do ódio", ultrapassaram as barreiras do debate virtual e começam a impactar sua carreira no Brasil e sua vida familiar nos Estados Unidos.
A crise teve início nas redes sociais do historiador, onde ele fez comentários celebrando o falecimento de Kirk, figura polarizadora e fundador do grupo conservador Turning Point USA. As publicações, rapidamente viralizadas, foram classificadas por críticos como um "ataque à civilização e à dignidade humana", que transcende divergências políticas.
No campo profissional, as repercussões foram imediatas e concretas. Eventos de lançamento de livros e palestras marcadas para as próximas semanas em livrarias e universidades de capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre foram cancelados. Segundo apurado, as instituições optaram por se distanciar do nome de Bueno, evitando qualquer associação com a polêmica e possíveis transtornos. Uma fonte do setor editorial, que preferiu não se identificar, afirmou: "Há um consenso de que certos limites foram ultrapassados. O debate é saudável, a apologia à morte de alguém não é."
Entretanto, o aspecto mais grave da crise parece se desenrolar em solo americano. Bueno tem uma filha que reside legalmente nos Estados Unidos, e a situação dela teria sido diretamente afetada. Relatos indicam que cidadãos americanos, indignados com as declarações do pai, teriam feito denúncias formais contra ela junto ao consulado dos EUA no Brasil e a serviços de imigração.
A alegação seria de que ela poderia ser uma extensão da "retórica antiamericana e de ódio" propagada por Eduardo Bueno. Embora não haja confirmação oficial sobre a abertura de processos, surgem fortes suspeitas de que o visto de permanência da jovem possa estar sob revisão e em risco real de cancelamento, o que amplificou a crise para o âmbito familiar.
Especialistas em direito internacional consultados pela reportagem afirmam que, embora seja incomum, a conduta de um familiar fora dos EUA pode, em tese, ser usada em argumentos para revisão de visto, especialmente se for interpretada como uma potencial ameaça à ordem pública ou à segurança nacional, embora isso seja de difícil comprovação.
O episódio coloca em evidência os custos reais da polarização e da linguagem radicalizada nas redes sociais. A fronteira entre a opinião política forte e o discurso de ódio parece ter sido cruzada, e as consequências, para Eduardo Bueno, saíram definitivamente da tela do smartphone para a vida real, atingindo não apenas sua profissão, mas a estrutura de sua família. O caso serve como um alerta sobre o preço da militância radical em um mundo globalizado e hiperconectado.
Até o momento, Eduardo Bueno não se manifestou publicamente sobre os cancelamentos ou a situação de sua filha.
Fonte: Redação