
Um funcionário terceirizado de limpeza é apontado como o principal suspeito de repassar informações sigilosas sobre operações policiais para criminosos. Grupo foi alertado sobre ações, permitindo que escondessem equipamentos.
Porto Velho, RO – A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (25), uma operação para desarticular uma organização criminosa especializada em vazar informações confidenciais de operações de combate ao garimpo ilegal nos estados de Rondônia e Amazonas. As investigações, que já identificaram pelo menos 28 episódios de vazamento, apontam que um funcionário terceirizado de uma empresa de limpeza atuava como "fonte interna" para garimpeiros.
De acordo com a PF, o esquema permitia que criminosos ligados ao garimpo ilegal nas regiões de Humaitá (AM) e arredores fossem previamente alertados sobre o deslocamento de agentes, o número de policiais envolvidos e as rotas planejadas para as ações. Com essas informações, os garimpeiros ganhavam tempo crucial para esconder dragas, balsas e outros equipamentos, dificultando a repressão.
A investigação teve início quando a própria PF identificou a circulação, em redes sociais, de imagens e vídeos captados dentro das dependências da Superintendência Regional da corporação em Rondônia. As gravações mostravam detalhes da preparação de operações, incluindo helicópteros, lanchas, viaturas e agentes.
Esquema detalhado e prisões
Conforme apurado pelas investigações, entre novembro de 2024 e maio de 2025, o suspeito – cujo nome não foi divulgado – repassou dados sensíveis que incluíam não apenas o planejamento logístico, mas também a identidade de pessoas que cooperavam com as ações policiais.
Na operação realizada nesta quinta-feira, dois homens foram presos. Um deles foi detido por posse ilegal de arma de fogo e por estar com ouro sem documentação que comprovasse sua origem legal. O outro foi preso por posse ilegal de arma e de mercúrio, substância tóxica amplamente utilizada no garimpo.
Itens apreendidos na Operação Tântalo — Foto: PF/Divulgaçãoes de Porto Velho (RO) e Humaitá (AM). Entre os objetos apreendidos, celulares, mídias digitais e documentos devem fornecer novas provas para aprofundar as investigações e identificar outros possíveis envolvidos no esquema.
A operação representa um duro golpe no financiamento do garimpo ilegal na região. Em ação anterior citada pela PF, a "Operação Boiúna", a destruição de dragas causou um prejuízo estimado em R$ 30 milhões às organizações criminosas que atuam no Rio Madeira. A atual investigação, batizada de "Operação Tântalo", visa cortar pela raiz o vazamento de informações que dava sobrevida a essas atividades ilegais.
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Operação Tântalo — Foto: PF/Divulgação
A operação representa um duro golpe no financiamento do garimpo ilegal na região. Em ação anterior citada pela PF, a "Operação Boiúna", a destruição de dragas causou um prejuízo estimado em R$ 30 milhões às organizações criminosas que atuam no Rio Madeira. A atual investigação, batizada de "Operação Tântalo", visa cortar pela raiz o vazamento de informações que dava sobrevida a essas atividades ilegais.
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Operação Tântalo — Foto: PF/Divulgação
Fonte: Redação Site Eletrônico O Liberal de Rondônia
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