Reflexão Urgente: Brasil Recorda Vítimas no Dia Mundial de M
O Brasil continua a enfrentar um cenário alarmante. As estatísticas demonstram que, anualmente, cerca de 34 mil vidas são perdidas e mais de 240 mil pessoas sofrem lesões graves no trânsito, segundo o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV). O custo dessa violência não é apenas humano; estima-se que as perdas econômicas atinjam a marca de R$50 bilhões por ano, englobando despesas médicas, previdenciárias e a interrupção da produtividade.
■ "O Dia Mundial em Memória às Vítimas de Trânsito é mais do que uma data simbólica, é um lembrete de que cada número representa uma história interrompida. São famílias devastadas, sonhos interrompidos, vidas que deveriam ter seguidas se houvesse mais responsabilidade, empatia e respeito", destaca Luiz Gustavo Campos, especialista em trânsito da Perkons.
O Fator Humano e as Vítimas Mais Vulneráveis
Dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) sublinham a gravidade do problema globalmente, indicando que sinistros de trânsito são a principal causa de morte de crianças e jovens entre 5 e 29 anos em todo o mundo.
No contexto brasileiro, a vulnerabilidade se acentua:
■ Motociclistas e Pedestres: Representam mais da metade das vítimas fatais, conforme planejado por relatórios sobre o tema. O Atlas da Violência 2025, por exemplo, revelou um crescimento da violência no trânsito, com destaque para a disparada de mortes de motociclistas.
■ A Causa Preponderante: Em quase 90% dos casos, o sinistro tem como origem o fator humano. Comportamentos de risco, como excesso de velocidade, distração (uso de celular) e direção sob o efeito do álcool, são recorrentes.
A urgência de ações é inquestionável. "Nenhuma morte no trânsito é aceitável. A tecnologia já nos permite agir antes da tragédia e até mesmo mitigar danos em caso de sinistro — com controle da velocidade, por exemplo. Precisamos transformar dados como o DMMVT em um compromisso real com a vida, e isso é urgente", reforça Campos.
Um Compromisso Coletivo com a Vida
O DMMVT serve como um poderoso esforço para que governos, iniciativas privadas e a sociedade civil reforcem o compromisso com a Década de Ação pela Segurança no Trânsito e com a meta de zero mortes. A redução dos limites de velocidade, a ampliação da fiscalização e, principalmente, o investimento em educação e conscientização sobre a direção defensiva e responsável continuar sendo os pilares para reverter essa crise de saúde pública e humanitária.
A reflexão de novembro é clara: a segurança viária é uma responsabilidade compartilhada, e a paz no trânsito começa pela atitude e respeito de cada indivíduo.
Fonte: Site eletrônico Oliberalderondonia