Maioria rejeita prisão de Bolsonaro, indica monitoramento da Quaest nas rede

Maioria rejeita prisão de Bolsonaro, indica monitoramento da Quaest nas rede


Análise digital aponta que críticas à decisão de Moraes superam manifestações de apoio

Cacoal, RO
- Um monitoramento conduzido pela Quaest exibido neste domingo, 23, mostra que a maior parte das manifestações nas redes sociais é contrária à prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo o levantamento, 42% das publicações analisadas criticaram a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, responsável pela ordem de detenção.

A pesquisa aponta ainda que 35% das postagens apoiaram a medida, adotada após a suposta tentativa de violação da tornozeleira eletrônica. Antes da detenção, Bolsonaro cumpria prisão domiciliar. Agora permanece em uma sala especial na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília.

Neutralidade e repercussão em alta

De acordo com o levantamento, 23% dos usuários adotaram posição neutra ao comentar o episódio. A circulação das primeiras informações, ainda na manhã de sábado, impulsionou o debate tanto em veículos de imprensa quanto em perfis de grande alcance nas plataformas digitais.

A medição da Quaest se estendeu até as 14h, identificando pico de engajamento entre 9h e 11h. No relatório, perfis ligados à esquerda celebraram o que consideram atuação firme das instituições, defendendo o cumprimento das determinações judiciais. Comentários alinhados à direita, porém, classificaram a prisão como mais uma evidência de perseguição política contra o ex-presidente.
Alcance e volume do debate

No total, foram coletadas 447 mil postagens, feitas por quase 130 mil autores, alcançando aproximadamente 116 milhões de contas. Para analistas, o volume confirma a centralidade do tema no ambiente digital brasileiro e demonstra como a discussão dominou os canais políticos do país ao longo do dia.

Entre figuras públicas, os governistas foram os mais ativos: 73 perfis pró-governo, 12 de centro e 50 de oposição tiveram destaque, refletindo a alta polarização que costuma marcar momentos de tensão institucional no Brasil.

Fonte: contrafatos.com.br